29 outubro, 2014

Amor Distante.

Quando minha alma foi desfeita das emoções que me iludiam...
Seus ventos partiram deixando-me o sal do adeus.
A noite que antes nunca escureceu, não quis meu dia permitir
E fez o entardecer mentir para o sorriso que já foi meu.
Foi quando percebi que a felicidade trocou-me pelo alto mar.
Eu já não posso mais consolar quem hoje de tal forma me desola!
E agora o que serão de todas as fronteiras que por amor atravessei?
E as letras inspiradas onde passeei, o que haverão de escrever?
Quem vai me refazer da parda e desencontro que me encontrei ?
Se já não me devolverei da imensidão que tirou-me de meu ser !
Sinto meu lamento visitando recantos sem vida onde o caminho de saída parece desviar-se das alturas.
Um lago de amarguras forma-se com lágrimas infinitas, navegando as cenas mais benditas nesse eclipse de loucuras.
E mesmo assim meu coração renasce, como que por um passe de mágicos cenários, ventos contrários fazem meu delírio regressar num mentiroso desabrochar de devaneios imaginários.
Agora para não parecer sem desenganos deles eu me inundo e me tranco nesse mundo que te espera incessante igual a prece delirante do desespero mais fecundo, como se no poço mais profundo houvesse uma última chance!
Então eu falarei a lua descobrirei um novo abrigo no horizonte em nome desse amor que está distante !