25 fevereiro, 2011

Liberdade de ser quem você é !!!


Como o filme "127 horas" é baseado em fatos reais, estou partindo do pressuposto que todos já sabem que se trata da história de um jovem alpinista que ficou preso por dias em uma fenda de montanhas norte-americanas e teve que amputar parte de seu braço para sair de lá. Pronto! Já iniciei o primeiro parágrafo contando o final. E quero deixar claro que saber o que vai ocorrer não tira nem um segundo da emoção de acompanhar como a história se desenrola. Pelo contrário, saber antecipadamente o final nos faz acompanhar cada detalhe da trama com a angústia de quem espera o momento em que Aron, o personagem vivido por James Franco, desiste de tentar artifícios para remover a pedra de cima de seu braço direito e escolhe viver, sacrificando essa preciosa parte de seu corpo.
O jogo de imagens proposto pelo diretor Danny Boyle parece, por vezes, contrapor a miséria da situação material em que Aron se encontra (sem comida, com pouquíssima água, sob forte dor física, sem apoio para os pés, cabeça ou costas) ao deleite com certa ênfase no uso irrestrito do mundo como fonte de prazer consumível. Nesse sentido, imagens de marcas consagradas como Gatorade e de sensações extasiantes como a de sentir o gás na face ao abrir uma lata de refrigerante juntam-se a momentos de prazer sexual e afetivo para nos lembrar do óbvio: que é na privação que as sensações boas que já vivemos se intensificam, utilizando a memória como aliada no processo de reconstrução de quem somos.
Desafiando limites
"127 horas" é um filme sobre o reconhecimento de Aron de sua própria identidade, sobre como seu caminho tinha sido, até então, solitário e, de certa forma, egoísta, individualista. Cá estamos sem julgamentos morais, afinal viver a vida do modo como se quer, sem ter de corresponder às expectativas, às preocupações, aos telefonemas e principalmente, aos afetos alheios é uma escolha possível dentre tantas que temos. É uma escolha que exalta a liberdade de ser quem somos e prestar contas somente a nós mesmos.
Pois é, mas essas contas chegam em algum momento. E para Aron, o alpinista despojado que não avisa ninguém sobre o rumo que decidira tomar no final de semana, o rapaz livre de alma que não consegue corresponder a um amor, o jovem abusado que desafia os limites da vida e incita garotas que encontra pelo caminho a fazerem o mesmo, ah, para Aron, as contas chegaram bem no auge da tarefa para a qual mais se dedicava: a liberdade.
O maior desafio à liberdade é o limite, que chega sem avisar, com uma força "cármica", "divina", ou para alguns meramente casual, mas ainda sim, uma força que não está na dimensão de nosso alcance e nos arrebata da imensidão de possibilidades jogando-nos para o incômodo espaço finito, limitador no qual é preciso ficar. Do ponto de vista psicológico, pode-se dizer que Aron esteve mergulhado na experiência inconsciente do id, onde tudo é possível, viável e prazeroso, dentro da perspectiva que mais acomoda sua alma. E depois, foi lançado brutalmente ao ponto de vista castrador do superego, que elabora as próprias leis dentro das realidades visitadas. O problema é para quem fica no meio da brincadeira, o pobre do ego, que precisa revirar os baús da memória, encontrando os erros e acertos, os fragmentos de identidade que o conduziram até o momento-chave do acidente. E mais, o ego, além de reconhecer sua própria fragilidade, admitir e assumir a própria responsabilidade por toda a dor, precisa elaborar um plano de saída, mas que consiga acompanhar as debilidades do corpo, cada vez mais evidentes. O medo da morte fez com que Aron visitasse mundos muito pouco visitados dentro de si. Ele deparou-se com o medo, com a fraqueza, com indícios de uma quase loucura...
Reconhecimento e aceitação
Alguns símbolos são marcantes no filme. Além do Gatorade, já citado, Scoby Doo rouba a cena, mostrando um certo tom de deboche sobre as futilidades da vida comparadas a um momento trágico como o que Aron vive. O pássaro preto que sobrevoa sua limitada visão pela manhã lembra a liberdade perdida, o horizonte que não mais se vê, tornando-se um elemento de força para que Aron se conectasse com o mundo de fora. Também devemos ressaltar o simbolismo do sol que invade a fenda em breves momentos, trazendo a ideia de que há vida real lá fora, sim, senhor. Não é preciso duvidar ou se confundir, como no mito da caverna; o sol está lá para provar isso.
Dentre todas as passagens do filme, destaco o momento "auditório", em que Aron entrevista a si mesmo, reconhecendo para sua câmera suas "humanidades egoístas". É de um humor interessantíssimo. Vale lembrar que o cúmplice de toda a trajetória é um aparelhinho de filmar, que ao invés de ser nomeado de câmera, poderia levar o codinome de confessionário. E é justamente por saber que será ouvido depois, que Aron conta, abre-se, reflete, entende, reconhece e aceita muitos pontos de sua trajetória humana, demasiado humana.


Merece uma ida ao cinema.
Você não gastará nem :

_______________127 minutos_______________


23 fevereiro, 2011

Na vida !


Na vida tudo é questão de fase, nada é concreto, tudo é contraditório.
Ao Invéz de questionar as possibilidades, a melhor idéia é viver a vida intensamente e construir uma história que seja dita como inacreditável.

21 fevereiro, 2011

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis o que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários.
De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

18 fevereiro, 2011

AUTOESTIMA - 7 dicas para Sustentá-la



1 -Dar valor ao presente


Ter um pé no passado e outro no futuro pode estragar o presente. Trazer à tona injustiças antigas e se preocupar com o que ainda não aconteceu significa usar uma energia da qual pode precisar nas dificuldades. É importante também estar em casa quando está em casa e no trabalho quando está no trabalho. Parece óbvio, mas quantas vezes brincou com os filhos pensando numa reunião de trabalho?

2 Aceitar seus defeitos


Nunca seremos perfeitos, então temos de nos aceitar. Precisamos parar de nos ver como inadequados. Por outro lado, é preciso aceitar a responsabilidade por nossos erros, senão nos tornamos vítimas. Fazemos isso pedindo desculpas e consertando a situação. Mas não é só: é preciso uma mudança interna. E não são apenas as outras pessoas que precisam nos perdoar. Também precisamos nos desculpar; do contrário, muita culpa vai atrapalhar nosso desenvolvimento pessoal.

3 Estou vivendo a vida que eu queria?


Você tem três meses de vida. Pense em tudo que gostaria de fazer - ou de não fazer. É um bom exercício. Dizem que só nos arrependemos das coisas que não fizemos. Ter feito uma coisa da qual você não se orgulha não é o mesmo que se arrepender. Além disso, não tem sentido se arrepender das coisas que aconteceram, porque não podemos desfazê-las. No entanto, isso não quer dizer que não se deve pedir desculpas e consertar a situação.

4 Integridade pessoal


Dizemos mais "sim" do que "não" a coisas que não queremos fazer, que nem sequer nos farão sentir bem, só porque queremos que outros gostem de nós e não se decepcionem. Mas é inevitável passar pela vida sem decepcionar os outros. Não podemos concordar com tudo mundo sobre tudo. É preciso se posicionar se quisermos alcançar uma boa autoestima. Integridade pessoal é ser verdadeiro consigo mesmo.


5 Acredite em você


Você pode criar afirmações e repeti-las três vezes por dia. Repita até que você acredite nela. Quando for bem-sucedido e acreditar que é verdade, será hora de passar para outra. Crie suas próprias rotinas para a afirmação: de manhã, na hora do almoço e à noite. Algumas pessoas escrevem suas afirmações num livro, outros gravam ou repetem silenciosamente. Crie a sua: "Tenho confiança em mim mesmo", "Eu recebo bem as mudanças", "Ninguém é melhor do que eu em ser eu"...

6 Agradecer


Dar valor ao que eu tenho, em vez de olhar para o que os outros têm. Muitas vezes nos concentramos no que nos falta, no que ainda não realizamos. É por isso que precisamos nos concentrar em agradecer diariamente. Conseguimos nos fortalecer sendo gratos e construir algo em cima disso. Isso não significa que não é preciso correr atrás de mais desenvolvimento, felicidade, amor etc., mas se não dermos valor ao que temos, nunca ficaremos satisfeitos com o que conseguirmos.


7 Eficiência


É ter em mente alguns preceitos e segui-los. Organizar hoje o que vai fazer amanhã e no futuro. Sentir orgulho de um trabalho bem-feito. Sentir-se muito eficiente. Usar cada segundo da melhor maneira possível e do jeito mais benéfico para você. Sempre ser produtivo. E obter os melhores resultados em tempo mínimo.