Espinhos se desenvolvem
Se desenvolvem e são implantações,
Se desenvolvem e são implantações,
Implantações dolorosas!
Se desenvolvem quando a flor descobre,
Que habita um jardim de insensibilidade.
Espinhos machucam, dói!
Espinhos machucam, dói!
Mas se dói, se sente,
Maldita sensibilidade induzida!
Jardineiros de mãos grossas as destroem
Jardineiros de mãos grossas as destroem
Retiram-nas do jardim não para salvá-las,
Deixam-as secar depois do encanto da amada.
Secam, desnutridas de carinho.
Flores jovens e inocentes querem fugir,
Flores jovens e inocentes querem fugir,
Saltam-se nas mãos dos jardineiros
Pedem cuidado...
Mas sua pétalas são frágeis
Mas sua pétalas são frágeis
E mãos de jardineiros são grossas em demasia.
Pobres flores que se entregam sem reservas,
Pobres flores que se entregam sem reservas,
E ainda têm de aceitar devolução
E quando devolvidas voltam secas,
E quando devolvidas voltam secas,
Chegam arrastadas e tentam alertar as flores-crianças
Flores crianças, última esperança do jardim,
-Salvem-no!
-Salvem-no!
Solidárias flores que quase mortas ainda alertam,
Solidárias flores que mesmo mortas ainda adubam.
Aline Chiara
Lindo Chiara!
ResponderExcluirlembrei-me de uma frase que diz mais ou menos assim"...para se conhecer as borbolteas, algumas lágrimas são derramadas, qdo feridas pelos espinhos", tenho verdadeira paixão por flores e jardins, desde pequena cuidava do da minha mãe, se vc tiver orkut e quiser olhar meu jardim, orquídea, flores vai lá, será um prazer!
abraço,
Edna Battaglini